data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: arquivo pessoal
A transexual gaúcha Paloma Barreto, 38 anos, foi sepultada no último domingo na Espanha. Ela havia sido morta no país em 20 de setembro. O suspeito do crime, que também é brasileiro, foi preso pela polícia espanhola no final do mês de setembro.
A família de Paloma, que mora em São Gabriel, conseguiu a liberação do corpo apenas sete dias após o homicídio. Até então, o corpo estava no Instituto Médico-Legal (IML) na cidade de Avilés, no Principado das Astúrias, Norte do país, onde o crime aconteceu. Amigos de Paloma arrecadaram doações para arcar com o translado até a cidade de Alicante, no sudeste da Espanha, onde Paloma residia.
Ela foi sepultada no Cemitério Nuestra Señora del Remedio. O velório foi acompanhado pela família de Paloma via internet. Os familiares não puderam comparecer por questões financeiras.
- Foi bem triste, a última despedida. Acompanhei com minha mãe e meus irmãos - contou a irmã, Sinara Macedo.
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O CRIME
Segundo informações do jornal espanhol El Comercio, o corpo, com diversos ferimentos causados por arma branca, foi encontrado pela faxineira do imóvel em que a vítima alugava um quarto, no centro da cidade, no dia 21 de setembro. Acredita-se que o crime tenha acontecido na noite anterior. Ainda conforme o jornal, o suspeito do crime, que tem 24 anos e não teve a identidade revelada, foi detido dois dias após o assassinato. Ele teve a prisão preventiva decretada pelo Supremo Tribunal da região das Astúrias. A motivação do crime não foi divulgada.
Desde a morte, pelo menos dois protestos foram realizados na Espanha, pedindo por justiça no caso.
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O Consulado-Geral do Brasil em Madri, capital espanhola, informou que a demora na liberação do corpo se deve a coleta de amostras e provas que julguem necessárias à investigação, com o parecer do médico-forense. Também segundo o Consulado, o apoio à família concentra-se no contato com as autoridades locais, na facilitação da tramitação dos documentos, além de oferecerem um assessor jurídico e uma psicóloga que estariam à disposição da família.
O caso está em segredo de justiça e informações sobre as investigações não podem ser divulgadas.